Animais morrem de frio no Centro de Zoonoses de Araraquara (SP)

ONGs denunciam situação após doarem camas que sequer foram usadas
Um mês após intervenção do Ministério Público propondo acompanhamento do tratamento de animais, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araraquara (SP) voltou a registrar mortes em decorrência de maus tratos, e as promessas da Prefeitura municipal ainda não foram cumpridas. A denúncia foi feita por voluntárias de associações protetoras, na tarde desta quinta-feira (21).
Segundo com Betty Roedel Peixoto, do grupo SOS Melhor Amigo, há cerca de duas semanas, quando a temperatura baixou muito na cidade, ao menos cinco cães morreram de frio por ficarem em baias com piso de cerâmica e se molharem na chuva ao sair para a parte externa do local. Após o ocorrido, as ONGs se uniram e doaram 21 camas altas e com cobertor, para abrigar os animais.
Nesta tarde, no entanto, ao visitar o CCZ, a voluntária da Associação Araraquarense de Proteção aos Animais (AAPA), Gisele Diez Duarte, encontrou as camas empilhadas e os animais, molhados de chuva, dormindo no chão frio novamente.
Atualmente, há no centro cerca de 35 animais saudáveis e 20 doentes, que dividem espaço em 14 baias, sendo oito delas individuais, para cachorros mais bravos ou perigosos, e seis coletivas.
Promessas
Após a reclamação das voluntárias, estiveram presentes no CCZ o Secretário de Governo Luiz Zaccarelli Cunha e o Secretário de Meio Ambiente José dos Reis Santos Filho.
Para enfrentar a burocracia, algumas medidas também são tomadas por Reis.
Zaccarelli garantiu ainda que nesta sexta haverá uma reunião entre as Secretarias de Saúde, Administração e Meio Ambiente para acertar últimos detalhes da construção de um abrigo temporário no Centro de Gerência Animal. Já existe uma verba de R$ 150 mil liberada para a obra.
Soluções temporárias
De acordo com Tony Emerson Alves de Souza, gestor do CCZ, outro problema enfrentado é a falta de funcionários.
Algumas das voluntárias também choravam. Uma delas, que preferiu não se identificar, pegou uma cadela que tinha as patas machucadas e levou embora para procurar um veterinário e cuidar dela em casa. Outras duas estavam alimentando um animal com a boca machucada e que precisa de ração amolecida para conseguir mastigar.
Enquanto nenhuma providência é tomada oficialmente, ONGs e administração acertaram um novo acordo. A partir de agora, voluntárias terão livre acesso ao CCZ para ajudar nos cuidados com os animais e um novo procedimento para limpeza e tratamento será implantado no local, para que eles não fiquem tão expostos à água durante a higienização.
Fonte: G1 Compartilhe!
Eles explicaram que a administração está trabalhando para resolver a situação dos animais, mas a solução envolve uma série de procedimentos.
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