Cadela que teve pele colada em São Manuel (SP) volta a andar

Radija está se recuperando e voltou a andar

Tutores do animal registraram boletim de ocorrência e o caso é investigado

A cadela que teve a pele colada em um procedimento veterinário em São Manuel, no interior de São Paulo, já voltou a andar, apesar da fratura em uma das patas. O médico veterinário Sérgio Ricardo Massarelli Targa, responsável agora pelos cuidados da cachorra, disse que risco de amputação, que chegou a ser considerado anteriormente, é pequeno, pois o animal está evoluindo bem ao tratamento.

A poodle Radija teve a pele colada em um procedimento que, de acordo com o primeiro veterinário que a tutora do animal procurou, seria necessário para imobilizar a patinha quebrada. O veterinário Airton Ribeiro Romão afirmou que o procedimento funciona e que já teria usado a mesma técnica em um cabrito e um passarinho, que se recuperaram bem.

A tutora da cachorra, Kelly Padovan, disse que deu banho em Radija porque ela não parava de chorar e não comia mais.

Targa explicou que a Radija teve uma dermatite, uma inflamação da pele onde a cola foi aplicada, e o risco era que a situação ficasse mais grave e atingisse o osso, o que poderia levar a amputação.

O veterinário explicou ainda que tirou uma radiografia da cadela e a medicou com antibiótico.

Investigação

Os tutores da cachorra registraram um boletim de ocorrência contra o veterinário Airton Ribeiro Romão e Polícia Civil vai investigar o caso. De acordo com o delegado José Mario Toniato, responsável pelas investigações, se for comprovada a negligência do profissional ele poderá responder criminalmente por maus tratos.

A ocorrência foi encaminhada também ao Conselho Regional de Medicina Veterinária. A delegada regional Maria Lúcia de Souza afirmou que o fato será levado à sede do conselho em São Paulo e os tutores do animal e o veterinário serão ouvidos.

A Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp também foi consultada em relação ao procedimento. Em nota, a universidade afirmou que existem estudos sobre o uso da cola instantânea em fraturas e ferimentos, mas os resultados ainda são controversos. O hospital afirmou ainda que não adota o procedimento nos atendimentos realizados no local.

 

Fonte: G1

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