Campinas faz bloqueio contra raiva após caso positivo em morcego

Ciclo da raiva

Infecção no animal foi a 1ª confirmada este ano na cidade

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, no interior de São Paulo, começa nesta quinta-feira (9) uma ação contra a raiva na região norte do distrito de Barão Geraldo, onde um morcego infectado foi encontrado no início do mês. Uma equipe de 30 pessoas vai visitar casas e fazer o levantamento do número de cães e gatos nos locais, assim como verificar o histórico de vacinação dos animais. Cerca de 500 residências serão visitadas nos condomínios Vila Olândia, Riviera de Barão, Espaço e Verde e Terras do Barão.

Este foi o primeiro caso confirmado de raiva em morcegos em Campinas este ano.

Vacina deve ser tomada após mordida de cão ou gato

Em caso de mordida de cachorro ou gato, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem logo um posto de saúde para tomar a vacina contra a raiva. São aplicadas até cinco doses, dependendo do caso.

Veterinários e estudantes de zootecnia devem tomar a dose de forma preventiva nos postos, de acordo com o ministério. São três doses para os profissionais: a segunda é aplicada uma semana após a primeira, e a terceira três semanas depois da segunda.

O vírus da raiva em humanos está praticamente erradicado no Brasil. Na cidade de São Paulo, o último caso provocado por cão aconteceu em 1981. Em animais, segundo o ministério, foram registrados no ano passado 63 casos em cães e seis em gatos, em 18 cidades do país. Um gato morreu em outubro na capital paulista, algo que não ocorria desde 1983.

A raiva é uma doença grave e pode levar à morte em quase 100% dos casos. Os principais sintomas em humanos são: coceira, dor de cabeça e coma.

Nos animais, pode haver muita salivação, mudança de comportamento (que deve ser observado por dez dias após a mordida), fuga ou morte. Caso o animal seja desconhecido, é preciso se vacinar. Se tiver com a dose em dia, apenas observe os sintomas e, caso haja alguma mudança, procure um médico ou veterinário.

Segundo a infectologista Rosana Richtmann, os dentes do gato são mais afiados e podem, além de raiva, transmitir tétano e outras bactérias. Se os cortes forem pequenos, não se devem fazer pontos, para evitar complicações.

De acordo com o ministério, o governo federal distribui a todos os estados lotes da vacina antirrábica para animais. A liberação prioriza as regiões com o maior número de casos: o Nordeste, Pará e Mato Grosso do Sul. Em seguida, vêm a Região Norte e algumas cidades do Centro-Oeste.

As doses são aplicadas por agentes dos estados e municípios, que também promovem campanhas de acordo com a necessidade.

Os animais devem ser imunizados contra a raiva anualmente, a partir dos 3 meses de vida. Em clínicas veterinárias, o valor da dose varia de R$ 25 a R$ 45.

 

Fonte: G1

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