Cão terapeuta é aliado no tratamento de doenças
Todas as quintas-feiras, das 17h45 às 19h45, pacientes e acompanhantes que frequentam as clínicas de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia da Universidade Anhanguera de São Paulo, unidade Belenzinho, são surpreendidos logo na sala de espera por uma agradável companha.
Mais do que alegrar as pessoas, o boxer Pipoca está lá a trabalho. Durante a espera das consultas, além dos afagos e brincadeiras, ele estimula a interação social dos pacientes e acompanhantes, que acabam se tornando mais receptivos ao ambiente da clínica.
Ainda em fase inicial, o projeto tem como objetivo fazer com que alunos do curso de Psicologia aprendam, via protocolos científicos, a condicionar animais para participarem de tratamento e iniciar um núcleo de pesquisa para o desenvolvimento de artigos científicos, revistas e livros sobre o tema.
“O uso de Intervenções Assistidas por Animais (IAA) já é uma realidade em vários países, que vem comprovando benefícios significativos para a saúde em ambientes como hospitais, clínicas e instituições de ensino”, explica o idealizador do projeto, Boris Keiserman.
O pesquisador é apaixonado por animais e há cerca de um ano e meio vem realizando treinamento especial com o melhor amigo Boris para trabalhar como cão terapeuta. “Segui todos os protocolos internacionais para prepará-lo de forma adequada para a função”, conta o especialista. Geralmente são designados para a função animais dóceis e que se comportem de maneira sutil.
Benefícios comprovados
Ter contato com o animal proporciona inúmeros benefícios como melhora de sintomas cardíacos como pressão arterial e frequência cardíaca e aumento dos níveis de hemoglobina, além de melhora em quadros psíquicos como depressão, ansiedade, percepção da qualidade de vida e solidão.
O uso de animais terapeutas é, segundo especialistas, muito melhor aproveitado em duas populações específicas: crianças e idosos. “Idosos apresentam grande melhora em escores que tentam medir solidão, estresse, função cognitiva, testes de hemoglobina A (apresentando melhora do sistema imunológico) e depressão. Em crianças com transtornos psicológicos de leves a médios, o contato com animais apresenta melhora na atenção, cuidado, diminuição de ansiedade e melhora na capacidade de empatia. Curiosamente, o uso mais frequente de cães terapeutas é no tratamento de crianças com transtornos do espectro autista”, relata Boris.
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