Cão queimado com produto químico é adotado por personal trainer em GO

Cachorro queimado ganhou novo lar em GO

Nova tutora do cachorro é voluntária em ONG que defende os animais

Depois de cerca de 50 dias de tratamento, um filhote de cachorro da raça pit bull, que foi queimado por um produto químico em fevereiro de 2012, está no final do processo de recuperação e foi adotado. A nova tutora do aninal é a personal trainer e voluntária na Associação de Proteção aos Animais (Aspan) Vanise Cezar Mateucci. Na manhã desta sexta-feira (13), Vanize foi à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente de Goiânia (Dema) para se tornar legalmente a fiel depositária do cão.

O cachorro, que se chamava Rex, teve o nome trocado e agora é tratado por Pluto, em homenagem à clínica veterinária que cuidou gratuitamente do animal. A partir de segunda-feira (16), Pluto vai viver na chácara de sua nova tutora, que fica a 15 minutos de Goiânia. Vanise não mora no local, mas disse que costuma ir para lá diariamente. A voluntária é casada e não tem filhos. Além de Pluto, ela tutela mais dois cães que vivem com ela em um apartamento na capital.

Persistência

Para obter a guarda do cachorro, Vanise teve de ser persistente. Ela visitava o Pluto quase todos os dias e sempre pedia ao titular da Dema, Luziano de Carvalho, para adotar o cão.

Luziano de Carvalho comenta que para poder ficar com o cachorro, a voluntária teve de assumir uma série de compromissos.

Quando estiver na chácara, Pluto continuará precisando de um tratamento especial. Ele está com cicatrizes por todo o corpo e, principalmente nos primeiros meses, não poderá passar muito tempo no sol.

Sobre o futuro, a personal diz que vai continuar cuidando do cachorro.

Tratamento

O filhote teve mais de 70% do corpo queimado e o tratamento foi demorado e doloroso. Ele chegou com a cabeça, orelha, face e corpo atingidos. Teve também úlcera de córnea nos dois olhos.

O animal chegou à clínica com outros problemas de saúde decorrentes da falta de cuidados.

Agressão

Segundo o delegado Luziano, o cachorro teria sido agredido pouco tempo depois de uma briga de família, envolvendo a mãe, filha e genro.

Conforme o delegado, a suspeita não admitiu ter jogado qualquer produto químico no filhote, mas teria afirmado que, enquanto colocava soda cáustica nas formigas do quintal, a cadela teria se aproximado e ela teria jogado, acidentalmente, o produto que acabou atingindo o filhote que na época tinha cerca de três meses.

O inquérito policial foi concluído e enviado à Justiça no início do mês de março. A mulher que teria ameaçado a vida da cadela foi indiciada por suspeita de ter praticado o crime ambiental de ferir o filhote de pitbull (previsto no artigo 32 da lei número 9.605/1998).

 

Fonte: G1

Compartilhe!


Deixe um comentário

XHTML: Você pode utilizar as seguintes tags: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>