‘CVA não é pet shop’ diz diretora de Vigilância à Saúde do Recife

Cães ficam em canis para observação

Centro de Vigilância Animal da cidade foi acusado de maus-tratos

A Secretaria de Saúde do Recife reafirmou, em entrevista coletiva na sede do Centro de Vigilância Animal (CVA), em Peixinhos, nesta segunda-feira (16), a confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido pelo diretor Amaro Souza, autuado em flagrante por crimes contra a administração ambiental e maus tratos, na sexta-feira (13). O próprio diretor guiou a imprensa para conhecer as dependências do CVA, durante a coletiva.

A diretora de Vigilância em Saúde do Recife, Adeílza Ferraz, fez questão de ressaltar a integridade e competência de Souza.

A acusação de maus tratos foi considerada infundada pelos gestores do CVA de Peixinhos, reclamando da posição adotada pela delegada.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Nelly Queiroz, duas pessoas foram nomeadas peritas.

A delegada adiantou também que entrou com um pedido para o Ministério Público de Pernambuco suspender as eutanásias no CVA em Peixinhos.

O caso está sendo analisado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife, que estuda o que pode ser feito.

A convivência de alguns animais saudáveis com os doentes foi explicada pela questão da decisão judicial, que manda os animais para lá.

Quanto aos animais mortos enviados para a perícia, foi constatado que eles não tinham raiva e estavam saudáveis. Barros explicou que o exame de raiva não tem como ser feito em animais vivos.

Reforma

Os gestores do CVA concordam que o local precisa de reformas, que vêm sendo feitas nos últimos tempos.

Atualmente, o CVA de Peixinhos abriga seis burros, sete cavalos, além de 12 gatos e 66 cães.

O Conselho Gestor, que é formado por representantes também da sociedade civil como organizações não-governamentais de proteção aos animais, vem acompanhando de perto as ações.

Adoções

Um grupo de voluntários vem transformando também a realidade dos cães do CVA de Peixinhos. Eles dão banho, carinho e atenção aos animais, que são deixados por serem agressivos no Centro.

A parceria com o CVA já salvou cerca de 50 cães, que foram adotados em feiras organizadas pelos voluntários. No próximo domingo (22), uma passeata contra a violência contra animais partirá do 3º Jardim, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e vai até o 1º Jardim.

A taquigrafa aposentada Doroti Linck é uma das protetoras voluntárias, que vai quase que diariamente ao CVA cuidar dos animais que podem ir para adoção. Ela mesma adotou uma cadelinha que foi queimada.

Abandono

Na manhã desta segunda-feira, uma mulher não-identificada abandonou um cachorro, amarrado em uma corrente, em frente ao CVA, que só pode aceitar animais agressivos com comprovação, ou seja, mordidas e encaminhamento do tutor para tratamento antirrábico.

Como o CVA não pode abrigar animais saudáveis, uma das protetoras voluntárias levou o bichinho para casa.

 

Fonte: G1

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