Falta de cães-guia dificulta ainda mais vida de brasileiros que não enxergam

Falta de cães-guia prejudica deficientes visuais no Brasil

Existem poucos centros de treinamento e faltam profissionais preparados para adestrar os animais

Os brasileiros que não enxergam, ou enxergam muito pouco, estão enfrentando uma dificuldade adicional no Brasil. Faltam cães-guia. E isso é grave, porque a ajuda deles é preciosa.

Jack caminha com tranquilidade pela cidade. Está pronto para conduzir com segurança qualquer tipo de deficiente visual. Mitiko ainda está aprendendo. Já consegue subir escadas e sabe o momento certo de atravessar a rua. O treinamento dura dois anos e é feito por instrutores como Adylson.

Mesmo assim, o país tem apenas 70 cães-guia para uma população de 170 mil cegos e 2,5 milhões de pessoas com baixa visão. Não é simples ter um cão-guia no Brasil. Existem poucos centros de treinamento e faltam profissionais preparados para adestrar os animais de maneira adequada.

Formar um cão-guia custa em torno de R$ 25 mil. Mas o animal não pode ser vendido: é apenas cedido ao deficiente. Em um projeto pioneiro, desenvolvido por uma entidade ligada à indústria paulista, 32 filhotes, como Frontier, são adotados por famílias. Em casa, os animais aprendem a obedecer regras básicas para depois, em um centro de treinamento, completar a formação de cão-guia, para uso de um deficiente.

O desafio é transformar Frontier em um cão como Broke, um simpático Labrador que já salvou a vida do seu tutor, o advogado Daniel.

Broke recebeu treinamento no instituto criado por Thays Martinez. Foi ela que, em 2006, brigou e ganhou na Justiça o direito de andar com Bóris no metrô de São Paulo. Hoje, uma lei federal garante a entrada de cães-guia em qualquer ambiente coletivo.

 

Fonte: Jornal Nacional

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