Município goiano pode ser condenado por maus-tratos a animais

Ministério Público constatou irregularidades em CCZ de Itumbiara

Algumas notícias, mesmo que produzidas a partir de um fato deplorável, às vezes nos dão alguma esperança. Esse é o caso do desdobramento de uma denúncia feita em março na cidade de Itumbiara, no sul de Goiás.

Segundo informações do G1, o Promotor de Justiça Marcelo de Freitas pediu a condenação do município por maus-tratos a animais praticados no Centro de Controle de Zoonoses a cidade.

A denúncia partiu de um casal que foi até o local para adotar um cão e se deparou com condições deploráveis de higiene e até mesmo um aparelho que era mantido para o sacrifício dos animais. As imagens tomaram as redes sociais e causaram comoção.

A ação movida pelo Ministério Público quer proibir o sacrifício de animais em casos que não estejam de acordo com as diretrizes do Conselho Federal de Medicina Veterinária ou pelo Código Sanitário Municipal.

Além disso, na denúncia ainda consta que os animais abrigados no CCZ de Itumbiara não recebem água, comida e assistência veterinária e ainda eram sacrificados com choques elétricos.

Ainda de acordo com o G1, na ação, protocolada em março, o promotor Marcelo de Freitas afirma que ficou constatado que a unidade abrigava cães desnutridos, doentes e que ficavam presos em celas sujas, sem água e comida. Segundo o promotor, os cães que morriam permaneciam nas celas por dias, até que fossem retirados por algum funcionário.

Também foi apurado que os animais que resistiam à ausência de água e comida eram sacrificados, mesmo os sadios, mediante choques elétricos de 220 volts, sem qualquer tipo de insensibilização ou anestesia prévia, Segundo o atual diretor do CCZ, Celso Júnior que assumiu o cargo em abril, os animais hoje vivem em condições diferentes das relatadas na denúncia. De acordo com ele, o funcionamento da unidade está estabilizado e, desde que assumiu o comando, o número de eutanásia reduziu em 80%.