‘Não fizemos por maldade’, diz suspeito de arrastar vira-lata em MS

Vilson, genro de dono de Scooby, mostrou fotos do cachorro com a família

Homens puxaram cão por 4 km, até chegar ao centro de zoonoses

O vendedor ambulante Israel José Martins, de 57 anos, tutor do cão Scooby, afirmou que não teve a intenção de ferir o animal quando o levou ao Centro de Controle de Zoonoses, em Campo Grande. Segundo denúncia feita por funcionários do órgão à Polícia Civil na segunda-feira (9), o vira-lata foi amarrado a uma motocicleta e puxado por aproximadamente 4 km, do bairro Aero Rancho até o local.

Martins estava na garupa da moto que estava sendo conduzida pelo pedreiro Vilson Jara Coene, de 43 anos, que é genro dele. O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat).

Em entrevista ao G1, o tutor alegou que o cachorro não foi amarrado à moto e que não foi arrastado.

O pedreiro, que conduziu a moto, relatou que, durante todo o trajeto, não ultrapassou a velocidade de 15 quilômetros por hora e parou diversas vezes para o cachorro descansar.

Junto com o genro, Martins mostrou fotos de Scooby com a família e lembrou que ganhou o cachorro do filho mais velho há aproximadamente dois anos.

Os dois relataram que ligaram diversas vezes para o CCZ para pedir que levassem o vira-lata porque a família não tinha condições de transportar o animal.

Quando chegaram ao órgão, para deixar o cão, os homens foram impedidos de sair pelos servidores, que chamaram a polícia e registraram um boletim de ocorrência.

Eles afirmaram ainda que se sentiram constrangidos no CCZ.

Segundo a delegada Suzimar Batistela, os dois homens prestaram depoimento e foram indiciados por maus-tratos. Eles aguardam o desfecho do caso em liberdade. Se forem julgados e condenados, podem pegar até um ano de prisão ou pagar pena alternativa, como serviços comunitários.

Scooby

O vira-lata tem aproximadamente 2 anos e está no CCZ. Ele teve ferimentos nas patas e, segundo a veterinária Iara Domingos, está com sinais de leishmaniose. Um primeiro exame apontou a presença da doença, mas outra avaliação foi feita e o resultado sairá ainda nesta semana.

A diretora do CCZ, Júlia Maksoud, disse que, se for comprovada a leishmaniose, o cão será eutanasiado, como manda o Ministério da Saúde.

Conexão Pet lamenta profundamente todo o sofrimento a que o cão foi submetido e, ainda, a possibilidade de eutanásia.

 

Fonte: G1

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