ONG diz que CCZ de Araraquara é campo de concentração de animais

Novas denúncias de maus tratos foram entregues ao MP para investigação
O Centro de Controle de Zoonoses de Araraquara (SP) foi alvo de novos protestos de associações e grupos de proteção dos animais nesta sexta-feira (22) após a constatação de mortes no local em decorrência de maus tratos. Os registros de abandono foram entregues ao Ministério Público esta semana e um grupo anunciou a decisão de suspender a ajuda dada à Prefeitura. Os voluntários alegam comodismo da administração pública, já que as melhorias prometidas no tratamento e no cuidado com os animais não foram cumpridas.
Segundo denúncias feitas por ONGs da cidade, ao menos cinco cães morreram de frio por ficarem em baias com piso de cerâmica e se molharem na chuva ao sair para a parte externa do local. Após o ocorrido, as ONGs se uniram e doaram 21 camas com cobertor, para dar conforto aos animais, mas em visita ao local, voluntários encontraram as camas empilhadas e os cães, molhados por causa do mau tempo, dormindo no chão frio novamente.
Atualmente, há no centro 35 animais saudáveis e 20 doentes, que dividem espaço em 14 baias, sendo oito delas individuais, para cachorros mais bravos, e seis coletivas.
‘Morte por abandono’
Os pedidos de mudança na forma como os animais são tratados no CCZ de Araraquara foram feitos pelos grupos de proteção a uma comissão formada em março pela Secretaria de Meio Ambiente, após a denúncia do sacrifício do cão Gabriel. O caso foi o estopim para que relatos de maus tratos e eutanásia no local viessem à tona.
Um documento foi entregue à Prefeitura anunciando a decisão, que inclui a suspensão de ajuda prestada pelas ONGs com remédios.
De acordo com Peixoto, a decisão foi tomada para propor esforços à gestão do local.
Segundo dados da SOS Melhor Amigo, da Associação Araraquarense de Proteção aos Animais (AAPA) e do grupo de Protetores dos Animais e do Meio Ambiente (PROAMMA), as ONGs gastaram mais de R$ 1,5 mil nos últimos 40 dias com a ajuda.
Novas promessas
De acordo com o gestor CCZ, Tony Emerson Alves de Souza, o grande problema enfrentado é a falta de funcionários.
Na segunda-feira (25) haverá uma reunião entre as secretarias de Saúde, Administração e Meio Ambiente para acertar detalhes da construção de um abrigo temporário no Centro de Gerência Animal. Segundo a Prefeitura, uma verba de R$ 150 mil para os trabalhos já foi liberada.
Segundo as associações, novas promessas foram feitas para adequar o local e na próxima terça-feira (26) deverão começar as obras de reforma no canil do Centro de Zoonoses, no Parque Pinheirinho.
Fonte: G1 Compartilhe!
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