Pediatra põe cães e gatos na berlinda e causa revolta nas redes sociais

Ciência mostra benefícios da convivência entre crianças e animais

Filumena Gomes afirmou que pets podem causar graves doenças a crianças

Mais uma vez o sensacionalismo imperou e quem teve a imagem arranhada foram os cães e gatos. Um artigo publicado pela pediatra Filumena Gomes, no site da revista Caras, está provocando polêmica nas redes sociais. De acordo com a pediatra, a livre circulação de cães e gatos pela casa pode causar sérias doenças em crianças, além do risco de mordidas. O artigo, na íntegra, pode ser conferido aqui.

Como os cães e gatos foram ostensivamente colocados no papel de vilões pela Dra. Filumena, a preocupação tomou conta dos protetores através das redes sociais. Na madrugada de sexta para sábado (25/26), indignados com o artigo, os amantes de animais fizeram a Hashtag #RetrataCaras chegar ao topo dos Trending Topics do Twitter. O portal R7 também publicou matéria sobre a polêmica.

O que a doutora Filumena esqueceu de mencionar no seu artigo é que diversos estudos de instituições como a Universidade da Georgia e da Universidade Melbourne, além do Departamento de Saúde Pública do Hospital Henry Ford dizem exatamente o contrário do que ela afirmou em seu texto.

O cientista Dennis Ownby, da Faculdade de Medicina da Geórgia, disse acreditar que as endotoxinas encontradas na boca de um cachorro ou de um gato possam ter uma influência positiva no sistema de defesa da criança.

Ele coordenou um estudo com mais de 400 crianças durante sete anos e descobriu que aquelas que estiveram expostas a dois ou mais animais de estimação tinham metade da chance de se tornar alérgicas. O resultado foi publicado no Jornal da Associação Médica Americana.

Outra pesquisa feita com 8500 adultos da Europa e da Austrália teve seu principal foco naqueles que cresceram cercados por animais, tanto de fazenda quanto domésticos. Os cientistas da Universidade de Melbourne descobriram que as crianças que foram expostas a animais até os cinco anos de idade tiveram menores taxas de alergia nasal na adolescência.

E, embasando ainda mais essa questão, outra pesquisa conduzida pelo Departamento de Saúde Pública do Hospital Henry Ford colheu amostras de sangue de 565 participantes, com 18 anos de idade. Foram analisados os anticorpos a alérgenos de cães e gatos.

O resultado mostrou que em crianças que conviviam com cães, os riscos de sensibilidade ao animal caíam pela metade em comparação às que não conviviam com cachorros no primeiro ano de vida. E o mesmo aconteceu com gatos.

Achou pouco? Tem mais! Uma pesquisa publicada no American Journal of Cardiology mostrou que o convívio com os animais ajuda a controlar o estresse, diminui a pressão arterial e reduz risco de problemas cardiovasculares. Pacientes hipertensos que têm pets apresentam níveis de pressão arterial mais baixos.

E outro artigo, publicado no Journal of Personality and Social Psychology apontou que pessoas com cães possuem melhor qualidade de vida. Isso porque a sensação de alegria ao interagirmos com nosso cão libera neurotransmissores e hormônios capazes de relaxar, colaborar com nosso bem-estar, controlar a pressão sanguínea e até mesmo melhorar nosso sono.

E todos esses fatores podem ser percebidos na prática. Denise Berdacki tem duas filhas, uma de 24 e outra de 21. As duas sempre conviveram com animais.

Denise também teve uma convivência estreita com animais durante toda a infância:

Se você, assim como nós do Conexão Pet, se indignou com o tendencioso artigo e quer se manifestar, entre em contato com a revista Caras.

Com informações de BBC, O Globo e Blog do Dr. Pet,

 

Fonte: Conexão Pet

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