Polícia conclui inquérito sobre caso de cachorro espancado por enfermeira
Agressora vai ser indiciada por maus-tratos e constrangimento de criança
A enfermeira que espancou e matou um cachorro yorkshire em Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal, vai ser indiciada por maus-tratos ao animal e pelo constrangimento da filha dela, que assistiu às cenas de violência, informa a delegada Renata Brandimarte, da 2ª DP de Formosa.
O inquérito deve ser encaminhado ao Ministério Público de Goiás na próxima semana, que vai decidir se acata ou não a denúncia. Depois disso, o caso segue para o Judiciário.
A delegada explicou que se a agressora for condenada, poderá pegar pena de detenção, que costuma ter regime de cumprimento aberto ou semiaberto.
Em dezembro, o advogado da enfermeira, Gilson Saad, disse que agresão ocorreu porque o animal havia bagunçado a casa enquanto a família estava em um restaurante.
As imagens da agressão foram divulgadas na internet na primeira quinzena de dezembro de 2011 e mostram a enfermeira de 22 anos agredindo o yorkshire na frente da filha, uma menina de pouco mais de um ano de idade. As agressões aconteceram em novembro e o inquérito foi aberto no dia 21 do mesmo mês. As cenas geraram revolta nas redes sociais.
Segunda Renata Brandimarte, o laudo psicológico a respeito do impacto das cenas de agressão sobre a filha da enfermeira não foi conclusivo.
A pena para maus-tratos de animais varia de três meses a um ano de detenção. Quando a agressão ocasiona a morte do animal, pode ser aumentada de um sexto a um terço. Pelo que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), submeter criança ou adolescente a constrangimento é crime passível de punição de seis meses a dois anos de detenção.
Engasgado com lagartixa
A sentença pode ser agravada pelo fato de a agressão ter ocorrido de forma contínua.
À Polícia Civil, a enfermeira contou as circunstâncias em que as agressões filmadas ocorreram.
Segundo o que foi apurado pela polícia, o cachorro morreu ao ser arremessado no chão, na área externa do prédio onde a enfermeira morava. A um policial que passou no local no momento, a agressora disse que o cachorro estava engasgado com uma lagartixa e que ela estava tentando ajudá-lo a desengasgar.
Fonte: G1 Compartilhe!
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