Protetores de animais fazem protesto contra animais em laboratórios

Manifestantes pediram o fim da utilização de animais em laboratórios

A ação ocorreu simultaneamente em 48 cidades do país

Neste sábado (28) foi realizada uma manifestação contra a exploração e tortura de animais em experimentos laboratoriais. Esta foi a 2ª Manifestação Anti Vivissecção e Experimentação Animal. O evento ocorreu simultaneamente em 48 cidades do Brasil e também no exterior.

Em Itapetininga (SP) e Itapeva (SP), os manifestantes fizeram apresentações de vídeos, além da distribuição de material informativo sobre o que é feito com cães, gatos, hamsters, sapos, coelhos e macacos mantidos em universidades e laboratórios para fins de experimentação.

Os manifestantes usaram roupas pretas, cartazes e faixas. A ação envolveu voluntários de quatro entidades de proteção aos animais: Missão Planeta Terra, União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), SOS Animais e o Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento Integral (Nadi).

De acordo com uma das participantes, a musicista Kátia Baroni, o manifesto busca denunciar e conscientizar a sociedade em relação aos inúmeros casos de exploração e tortura de animais durante os testes em laboratório.

Segundo Eliane Bazolli, organizadora do protesto, os animais são mutilados, envenenados, queimados e até submetidos a choques em laboratórios e universidades.

Segundo dados da Ong Projeto Esperança Animal, cerca de 40 mil animais são sacrificados todos os anos no país.

As experiências

Segundo Eliane Bazolli, a vivissecção é a intervenção cirúrgica realizada em animais vivos, para fins de pesquisa ou estudo. Já a experimentação é o uso de animais em laboratórios de indústrias para realização de testes de diversos produtos que são consumidos pelo homem, como por exemplo, cosméticos e produtos de limpeza.

Os ativistas defendem o uso de formas alternativas à experimentação animal que podem ser utilizadas em aulas práticas nas universidades, como robôs de última geração, necropsias, biópsias e simulações computadorizadas.

De acordo com o universitário Lucas Diniz, algumas universidades brasileiras como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) deixaram de utilizam os animais vivos como objeto de estudo. Algumas indústrias também estão deixando de usar animais para testar.

Autorizações

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou no Diário Oficial da União em 19 de abril deste ano o texto que cria um formulário unificado para autorizar o uso de animais em pesquisas científicas. A resolução passa a valer em maio.

De acordo com o texto, o pesquisador deverá informar a origem e espécie do animal usado em seu experimento, as condições nas quais ele será mantido e se haverá uso de fármacos durante a pesquisa.

Desde 2009, todas as instituições brasileiras que quiserem desenvolver pesquisas com animais devem instalar uma Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua), por meio da qual os pesquisadores submetem seus projetos ao Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea).


Conexão Pet
não quer regulamentação da utilização de animais em laboratórios. Queremos que eles deixem de ser utilizados permanentemente.

 

Fonte: G1

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