Superpopulação de animais faz TJMT proibir servidores de alimentar gatos

Animais eram alimentados por servidores

Campanha para adoção dos animais foi feita entre servidores do órgão

Servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso foram proibidos de alimentar e dar água para diversos gatos que se acostumaram a viver no estacionamento e arredores do órgão público, em Cuiabá. O problema começou depois que alguns trabalhadores começaram a reclamar da presença dos felinos no local no ano passado.

Em outubro do ano passado vários servidores procuraram a diretoria do órgão para denunciar problemas gerados pelos gatos. Segundo os servidores do órgão, a população dos gatos estava aumentando, causava mal cheiro no local e até atacava os trabalhadores.

A maior preocupação era de que os animais pudessem transmitir doenças aos filhos dos servidores que ficam em uma creche localizada dentro do Tribunal de Justiça. Na época, o Centro de Controle de Zoonoses (CZZ) foi notificado. Técnicos fizeram uma vistoria nos ambientes externos e encaminharam um relatório para a diretoria do TJ.

De acordo com o documento, foi constatado que os animais circulam livremente pelo local e que eles possuem fácil acesso aos espaços, inclusive à creche e até mesmo ao forro do estacionamento do órgão. Além de possíveis contatos com o bebedouro que as crianças utilizam na creche.

Ainda segundo a coordenadora, os servidores foram orientados a não alimentarem os bichos.

Alessandra ainda afirmou que uma captura dos animais não irá solucionar o problema, uma vez que eles se reproduzem com facilidade e rapidez. Uma nova vistoria deve ser feita na semana que vem, para averiguar se as medidas foram atendidas. E caso seja necessário, os felinos podem ser retirados do local e levados para o CZZ.

Problemas

No TJ, os servidores passaram pelas orientações e até uma campanha de adoção de animais foi realizada. Para o coordenador de saúde da unidade, Homero Florisbelo, os felinos já causaram transtornos aos funcionários.

Homero contou que no ano passado um dos gatos entrou na caixa de força do estacionamento e causou um curto-circuito. Já os servidores ‘atacados’ tomaram vacina contra raiva. No entanto, o CZZ informou que não foi notificado de nenhum ataque.

Para Maria Gonçalves, a presidente da Associação Voz Animal (AVA), instituição de proteção aos animais de Cuiabá, é necessário fazer um trabalho de conscientização.

Conexão Pet acha que a proibição de alimentar os animais é uma crueldade e arbitrariedade. O CCZ deveria realizar castrações e trabalho de conscientização da população sobre adoção e esterilização de animais, e não impedir que boas ações sejam feitas. Por que não realizar um mutirão de castração desses animais, em vez de empurrar a responsabilidade para particulares? Lamentável.

 

Fonte: G1

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