Táxis de Brasília barram cão-guia em veículos, dizem deficientes visuais
Eles reclamam do impedimento de motoristas, apesar de lei garantir direito
Taxistas de Brasília desrespeitam o direito dos deficientes visuais de andar nos veículos acompanhados de cães-guias. Uma lei de junho de 2005 garante que pessoas portadoras de deficiência visual têm o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo. A lei prevê interdição e multa em caso de tentativa de impedir ou dificultar o acesso dos cães.
O sindicato dos Taxistas informou que nunca recebeu reclamações de deficienets visuais que tenham sido impedidos de andar nos táxis por estarem com cão-guia. Segundo o sindicato, a orientação aos motoristas é atender a todos os passageiros, sem distinção.
Mas o jornalista Edson Batista Júnior, que é deficiente visual e há quatro anos usa Molly, um cão-guia, para se orientar, diz já ter sido barrado por taxistas de Brasília por estar com o animal.
Justino Bastos é presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais e também já passou por isso. Na última vez, uma amiga anotou a placa do táxi e ele está processando o motorista.
O presidente da comissão de defesa dos direitos da pessoa com deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Yure Gagarin de Melo diz que se negar a levar o animal é uma infração gravíssima.
Mas há quem dê o bom exemplo. O motorista Ednei Tardoque não hesitou em atender ao chamado de Edson Batista Júnior.
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